Israeli National flag waving on the top of Mount of Olive with background of residential houses in Jerusalem, Israel
Por Marelinke van der Riet
Traduzido por Julia La Ferrera
Almond blossoms in Jerusalem

Nas movimentadas ruas de Jerusalém, o doce aroma das amendoeiras em flor mistura-se com uma sensação palpável de antecipação, anunciando a chegada da Primavera. Esta atmosfera significa mais do que apenas uma mudança sazonal; representa um período de renovação e preparação para o feriado querido que se aproxima – o festival da liberdade: a Páscoa.

A Páscoa, conhecida como Pessach em hebraico, é uma das festas bíblicas mais significativas durante a qual o povo judeu comemora a libertação de Deus de seus ancestrais israelitas da escravidão no Egito. Este ano, porém, a observância da Páscoa assumiu um significado totalmente novo, uma vez que Israel ainda está envolvido numa guerra prolongada que pode ainda nem ter atingido o seu pico. Na mente de todos estão os 134 israelenses ainda mantidos como reféns em Gaza após seis meses de cativeiro. Além disso, dezenas de milhares de israelenses ainda são evacuados das suas comunidades fronteiriças, impossibilitados de regressar aos seus lares.

Rockets fired from Gaza towards Israel

No relato do Êxodo, a aplicação do sangue do cordeiro serviu como escudo protetor, levando o Senhor a “passar” e poupar os israelitas do desastre. Hoje, no meio dos combates em curso no Sul e de ameaças ainda maiores no Norte, nós, como cristãos que vivemos em Israel, podemos encontrar consolo em Jesus, o nosso cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7), cujo sangue sacrificial nos cobre e protege. Assim como quando o Senhor viu o sangue do cordeiro, e Ele “passou” por aquela casa, então “nenhuma praga te sobrevirá para te destruir…” (Êxodo 12:13).

À semelhança deste evento bíblico monumental, estamos atualmente também testemunhando um êxodo moderno, à medida que milhares de judeus de todo o mundo se veem compelidos a regressar à Terra Prometida, quer sejam expulsos pelo antissemitismo ou atraídos pela chamada divina de Deus para regressar ao lar. No entanto, esta alegre notícia é atenuada pelo sofrimento dos reféns em Gaza. Em meio à luta duradoura pela liberdade, os apelos desesperados de inúmeros judeus e amigos de Israel ecoam o grito atemporal do Livro do Êxodo: “Deixe meu povo ir!”

Curiosamente, alguns estudiosos judeus observam que a palavra hebraica para Egito é mitzrayim, que significa “pressionado” ou “confinado”. Por outro lado, Yeshua (o nome hebraico de Jesus) significa “resgatar, salvar ou libertar”. Através de Yeshua, o amor de Deus é vividamente demonstrado quando Ele se torna o cordeiro sacrificial, morto para comprar a nossa liberdade (Efésios 1:7).

A profundidade profética da Páscoa é verdadeiramente surpreendente. Assim como o Senhor libertou os israelitas da escravidão e os conduziu à sua Terra Prometida, Ele tem o poder de trazer os reféns de volta a Israel. “Eu sou o Senhor, seu Deus, que o tirou da terra do Egito, da casa da escravidão.” (Êxodo 20:2) Ele já fez isso antes; Ele definitivamente pode fazer isso de novo.

Durante esta época de Páscoa, rodeada de inúmeras incertezas, encontramos segurança no conhecimento de que isto também passará. E juntos, nos unimos de todo o coração ao fervoroso apelo de Israel, dizendo: “Deixem o nosso povo ir!”

Por favor, fique conosco em oração e apoio enquanto abençoamos e apoiamos o povo de Israel durante esta época de Páscoa.

Foto por: Mahmud Hams / AFP, JAFI