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Por Equipe da ICEJ
Traduzido por Julia La Ferrera

Agarrado a esperança, judeus sobreviventes do Holocausto, de 83 anos, recentemente chegaram em Israel.

Não só Arnold Botkin e sua esposa Alla sobreviveram às atrocidades da Segunda Guerra Mundial, mas nos últimos tempos, eles estavam agachados em seu pequeno apartamento em Kharkov, na Ucrânia, tentando sobreviver enquanto os prédios ao seu redor estavam sendo bombardeados.

Após a ocupação nazista da cidade em 1941, a família judia de Arnold escapou, enquanto a família de Alla permaneceu na ocupação, e ela passou a infância escondida em um porão.

Sendo um menino durante a guerra, Arnold não se recorda muito bem, mas lembra de retornar a uma cidade destruída. “Não é fácil vê-la em escombros novamente, mas a vida deve continuar”, disse Arnold.

“Nas primeiras semanas da invasão russa, nem pensamos em sair”, compartilhou Arnold. “Achei que de alguma forma poderíamos sobreviver a isso.”

No entanto, a cada dia que passava, a situação piorava. Arnold se lembra de como eles quase não saíam de casa devido aos constantes bombardeios em sua cidade e como a mercearia local foi atacada duas vezes, mas conseguiu continuar trabalhando.

Um dia, seu prédio foi atingido diretamente por um foguete. A explosão que ocorreu no primeiro andar quebrou todas as janelas do apartamento do quarto andar. “Havia estilhaços no chão e estava muito frio no apartamento”, explica Arnold.

No entanto, em meio ao bombardeio, Arnold e Alla milagrosamente permaneceram ilesos.

Quando sua sobrinha deixou a cidade, ela lhes deu alguns suprimentos de comida, que o casal manteve em seu apartamento. No entanto, o desafio era obter a medicação. As farmácias estavam funcionando apenas esporadicamente, resultando em longas filas. Eles ficaram gratos que parentes que moravam em outras cidades puderam ajudá-los enviando medicamentos.

A guerra selvagemente tira a vida das pessoas. Durante outro bombardeio perto de sua casa, duas pessoas perderam a vida. “A explosão foi tão forte que minha esposa gritou de pânico por um longo tempo”, explicou Arnold. Foi só então que eles consideraram seriamente a evacuação.

Apesar da ameaça às suas vidas, a decisão de deixar o país não foi fácil. Casados há 58 anos, eles guardam uma vida inteira de memórias de sua casa perto de seus corações. “Estamos ligados à nossa casa, à nossa cidade. Nossos pais e meu irmão mais velho estão enterrados lá, e nos acostumamos com nosso modo de vida.”

Aos 83 anos, a ideia de recomeçar a vida em um novo país e se adaptar às diferenças culturais é assustadora. No entanto, a decisão de evacuar e imigrar para Israel finalmente veio após a perda de eletricidade e comunicações para sua área e falta de água e gás.

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Sob a agressão implacável, foi extremamente desafiador levar esse casal de idosos para um local seguro. A situação foi ainda mais complicada por graves problemas de saúde; Alla não podia sair de casa sozinha e precisava de uma evacuação médica de ambulância. Todos os esforços foram feitos para uma operação especial para resgatar esses preciosos sobreviventes do Holocausto.

A ambulância foi autorizada a passar pelos postos de controle. Nesta jornada desafiadora, eles encontraram estradas destruídas, o que dificultava o acesso à fronteira polonesa. “O motorista orou o tempo todo para que chegássemos lá em segurança”, compartilhou Arnold.

Ao longo do caminho, passaram por preparativos militares em várias partes do país, onde viram escavações de trincheiras e sacos de areia embalados como mecanismos de defesa.

Finalmente chegando a Varsóvia, Arnold e Alla foram recebidos pela Agência Judaica e começaram os preparativos para sua Aliá a Israel.

Chegando em Israel, o Lar da ICEJ para sobreviventes do Holocausto os recebeu de braços abertos! Arnold e Alla estão agora se instalando em sua nova casa. Eles estão sendo levados para um ambiente seguro e amoroso e tendo todas as suas necessidades atendidas.

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A filha e o marido também fugiram da Ucrânia e fizeram Aliyah para Israel algumas semanas antes da chegada de Arnold e Alla. Foi providenciado um lugar para eles morarem próximos aos pais, para que possam estar juntos para ajudar a cuidar deles.

Com tão poucos anos restantes para oferecer conforto e cuidado aos sobreviventes do Holocausto, mostre seu amor por eles apoiando o Lar Haifa da ICEJ para sobreviventes do Holocausto.