tour during a seminar
Por Escritores da Equipe ICEJ
Traduzido por Julia La Ferrera

O surpreendente influxo de judeus fazendo Aliá para Israel está se aproximando dos níveis vistos pela última vez após o colapso da União Soviética em 1989. A maioria desses novos imigrantes são judeus de língua russa das antigas repúblicas soviéticas. Dificuldades econômicas e questões relacionadas à guerra levaram milhares de famílias judias a planejar sua mudança para Israel. A ICEJ está apoiando as iniciativas da Agência Judaica nas regiões mais afetadas pela guerra em curso na Ucrânia.

No primeiro trimestre de 2023, mais de 16.000 judeus de língua russa de antigas terras soviéticas fizeram Aliá, uma taxa semelhante aos mais de 62.000 que vieram no ano passado. Isso significa que mais de 250.000 judeus de língua russa fizeram Aliá desde o início do conflito na Ucrânia em 2014, marcando-o como uma onda histórica de Aliá do Norte. Aqui estão as maneiras pelas quais a Embaixada Cristã tem ajudado com esta Aliá em massa.

Seminário de Aliá na Lituânia

Após a queda da União Soviética, muitos judeus de língua russa se mudaram para os estados bálticos da Letônia, Lituânia e Estônia na esperança de encontrar paz, segurança e oportunidades econômicas para seus filhos. Essas esperanças começaram a desaparecer quando a Rússia invadiu a Ucrânia no ano passado e cresceram as preocupações sobre possíveis problemas se espalhando para o Báltico. A Lituânia também recebeu milhares de refugiados de guerra ucranianos e, desde então, a Aliá mais do que triplicou na região do Báltico.

Em abril, a ICEJ apoiou um seminário Aliá num final de semana para famílias jovens nos estados bálticos, realizado em Vilnius, Lituânia – uma ex-república soviética que agora faz parte da União Europeia que faz fronteira com a Rússia, Bielo-Rússia e o enclave russo de Kaliningrado.

O seminário Aliá atraiu 52 olim em potencial em um hotel onde eles aproveitaram o Shabat juntos, boas refeições e as comodidades do hotel. Os professores de Israel falaram sobre Pessach e Shavuot, bem como sobre sua nova vida em Israel – o tema principal do fim de semana.

No ano passado, a ICEJ ajudou com um acampamento de verão especial da Agência Judaica em setembro e, posteriormente, um acampamento de inverno em dezembro para crianças judias dos estados bálticos e da Ucrânia. Além disso, eventos pré-Aliá foram realizados durante Chanucá e Purim. Esses eventos especiais foram supervisionados por Ilze Saulite, nossa diretora nacional da Letônia e nossa coordenadora regional da Aliá, que atua nesse trabalho desde a década de 1990.

A aliá dos estados bálticos aumentou desde fevereiro de 2022, quando a guerra começou, e a Agência Judaica pediu a ICEJ para ajudar com os voos da Aliá e despesas de preparação. A ICEJ respondeu patrocinando 200 voos da Aliá da região do Báltico. Adicionando outras ex-repúblicas soviéticas e a Etiópia, a Embaixada Cristã já patrocinou quase 1.000 voos da Aliá até agora este ano.

Vilnius já foi conhecida como a ‘Jerusalém do Norte’ – um nome dado por Napoleão a caminho de Moscou em 1812. A região tornou-se um refúgio relativamente seguro para judeus Ashkenazi que fugiam da Europa Ocidental durante tempos de severa perseguição, como da Alemanha em a Primeira Cruzada (1096–1099) e as Expulsões da Inglaterra (1290), França (1306 e 1394) e Espanha (1492).

A vida não era completamente isenta de problemas, pois havia pogroms e restrições seguindo a ordem de Catarina, a Grande, para estabelecer a Zona de Assentamento – um grande gueto judeu que se estendia da atual Ucrânia até a Polônia e a Lituânia. No auge do Império Russo, havia cerca de 5 milhões de judeus em terras russas, incluindo 3 milhões vivendo na Zona de Assentamento, conforme retratado no filme “Um Violinista no Telhado”.

Durante a Segunda Guerra Mundial, essas comunidades judaicas sofreram a pior perseguição de sua história nas mãos da Alemanha nazista, já que a maioria dos seis milhões de judeus mortos no Holocausto era dessa área. Após a guerra, muitos sobreviventes do Holocausto fugiram para Israel. Agora, muitos dos judeus restantes estão se preparando para finalmente segui-los para casa no estado judeu, e a Embaixada Cristã está pronta para ajudar.

Voo de resgate médico para família judia ucraniana

Durante a Páscoa em abril, a ICEJ também ajudou uma família de cinco pessoas do leste da Ucrânia a voar para Israel. O avô, Boris, está na casa dos 60 anos e precisa de tratamento regular de diálise, o que exigiu ajuda especial em seu voo. A família havia acabado de viajar de sua casa no leste da Ucrânia ocupada por duas ex-repúblicas soviéticas em uma jornada muito difícil e angustiante que incluiu interrogatórios de fronteira e verificações de telefones celulares. A ICEJ cobriu os voos de todos os cinco familiares e os cuidados médicos urgentes na chegada. Eles desembarcaram em Israel durante a Páscoa, quando o balcão de imigração do aeroporto geralmente não tem funcionários. Assim, a Agência Judaica tomou medidas extras para garantir que eles fossem bem recebidos e levados para suas casas e tratamentos de diálise durante os feriados da Páscoa, que a ICEJ também cobriu.

A família estava muito feliz por estar livre depois de mais de um ano de ocupação. Esta foi realmente uma história de Páscoa, da qual a ICEJ ficou muito feliz em fazer parte.

“Finalmente, nosso sonho se tornou realidade”, disse Boris após desembarcar em Israel. “Muito obrigado à Agência Judaica e também a ICEJ, que nos apoiou e nos ajudou a recuperar nossa liberdade!”

A história do povo judeu não é apenas de perseguição e exílio, mas também de resiliência diante da adversidade. Esses recém-chegados judeus da Ucrânia, dos estados bálticos e de outras ex-repúblicas soviéticas ajudarão a construir Israel e cumprir o destino do povo judeu.

Por favor, ajude-nos com esta enorme onda de Aliá agora em andamento na Terra do Norte. Envie seu melhor presente hoje para trazer mais judeus do exílio para casa.

Doe em: give.icej.org/aliyah