Communion cups raised at the Empty Garden Tomb

Por Laurina Driesse
Traduzido por Julia La Ferrera

Do lado de fora das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém está o belo e muito tranquilo Jardim do Túmulo.

Conduzindo-nos à doce presença do Senhor, estavam os líderes de louvor Trevor Sampson, da África do Sul, o Sounds of the Nations vindo de Fiji, além de Saeid Miryaghoobi e Peyman Mojtahedi, dois líderes de louvor, nascidos no Irã, cantando em persa. Enquanto isso, a Santa Ceia foi ministrada pelo pastor árabe Naim Khoury, de Belém, e pelo pastor judeu Avraham Ben Hod, de Israel.

À medida que nossos peregrinos da Festa se reuniam ao redor do túmulo visivelmente vazio, nossos corações estavam totalmente focados na crucificação, morte, sepultamento e ressurreição poderosa do Senhor, ao participarmos dos elementos da Ceia, que nos deram entendimento sobre como viver uma vida santa e o simbolismo do pão e vinho.

A mensagem da manhã foi dada por Andrew Brunson, dos EUA. Ele é um pastor que estava vivendo e ministrando na Turquia por 23 anos. Seu ministério está focado no mundo muçulmano, na Igreja perseguida e na preparação dos cristãos para enfrentar tempos difíceis. Ele falou sobre seus sofrimentos e lutas enquanto esteve preso por dois anos na Turquia, sob falsas acusações de terrorismo, quando na verdade ele foi preso por compartilhar o Evangelho com o povo turco.

Em 2007 ele fez uma oração que mudaria sua vida: ‘Deus Pai, leva-me tão perto do Seu coração que o Senhor poderá confiar em mim com a autoridade para iniciar movimentos.’ Essa oração acabou levando-o ao caminho da prisão, mas também foi a oração que o preparou para enfrentar as pressões de ser preso.

Enquanto ele continuava a fazer esta oração, seu foco estava na primeira parte da oração “leva-me tão perto do Seu coração”. “Começou um tipo diferente de busca, uma busca muito mais intensa. Começamos a buscar a intimidade de uma nova maneira, buscar a presença de Deus”, compartilhou Andrew. “‘Dá-nos fome, dá-nos sede da Tua presença.’ Então Ele fez isso. Começamos a ansiar por Sua presença. É o correr atrás dEle que nos molda”, continuou ele.

Andrew Brunson speaks at the Garden Tom Communion Service

Andrew Brunson explicou como no primeiro ano de prisão, ele estava muito quebrado: “Eu me tornei suicida, eu quebrei emocionalmente, espiritualmente. Entrei em uma grande crise espiritual com Deus e quase falhei.” Ele compartilhou como ele acreditava que em seu ponto mais baixo, Deus sabia que ele ainda se voltaria para Ele e não fugiria Dele. “Eu ainda voltaria meus olhos para Ele, e não para longe. Mesmo na confusão, mesmo na minha decepção com Ele, e Ele sabia disso por causa da minha busca por Seu coração ao longo dos anos, por causa do amor que havia crescido, tão enraizado dentro de mim por Ele”, disse Andrew.

“O amor alimenta a resistência. O amor alimenta a perseverança. É o que nos torna dispostos a correr riscos. Para passar por dificuldades. Para carregar fardos pesados. O amor não para. O amor te impulsiona”, acrescentou Andrew.

Ele também encorajou os peregrinos da Festa a decidirem ser “pessoas que amam a Deus”; pessoas que escolherão correr atrás de Seu coração. Ele contou como esse amor por Deus alimentou sua fidelidade a Ele na prisão.

Ele também compartilhou como ele finalmente foi autorizado a ter uma Bíblia na prisão, e enquanto ele estava lendo Filipenses, ele recebeu uma profunda revelação da passagem onde Paulo nos encoraja a olhar não apenas para seus próprios interesses, mas os dos outros, e especialmente de Jesus (ver Filipenses 2:3-11).

Lendo os versos com lágrimas, ele reconheceu que era assim que estava reagindo ao estar na prisão. “Estou cuidando do meu próprio interesse, não pensando no interesse de Jesus. Meus interesses são ‘quero estar com minha esposa e filhos’… Mas, e se o interesse de Jesus for mais bem servido por eu permanecer aqui na prisão?”, compartilhou Andrew.

Ele percebeu como seria a vitória para ele e começou a lutar sua batalha de rendição diária. “Deus, eu não quero estar na prisão. Não posso aceitar estar na prisão, mas posso aceitar servir aos Seus propósitos, servir aos Seus interesses e se for melhor para os Seus interesses que eu permaneça aqui, então digo que estou disposto a ficar. Mas então me dê força, para que eu possa suportar e ser fiel porque sou muito fraco, mas estou disposto”, explicou Andrew.

Pilgrims and leaders take the communion elements

Ele compartilhou como por muitos meses ele não pôde adorar. Ele tentou cantar e declarar “Grande é a sua fidelidade”, mas lutou para expressar essas palavras, pois muitas vezes sentia que Deus não havia sido fiel a ele e o havia abandonado, deixando seu coração esmagado.

Mas Deus começou a reconstruir André no segundo ano.

Apesar de seu desânimo, ele ficou determinado a adorar e começou a reservar um tempo todos os dias. “Essa adoração era muito preciosa para Deus, porque era uma declaração de meu amor por Ele, mesmo em minha confusão e na escuridão”, Andrew observou que esses momentos de adoração se tornaram os momentos mais doces para ele. “Amando-O, mesmo que eu não sentisse Sua presença ou visse Seu amor por mim”, explicou ele.

Ele lembrou como no segundo ano, ele também se disciplinou para dançar diante do Senhor como um ato de alegria, apesar de nem sempre se sentir alegre. Ele lembrou como Jesus nos ordenou a nos alegrar quando sofremos por causa dEle, então Andrew começou a louvar ao Senhor com dança e ao fazê-lo expressou: “Alegro-me porque estou sofrendo por Ti. Eu me alegro porque estou na prisão por Ti. Alegro-me porque estou separado da minha família”. Foi seu amor pelo Senhor que o levou a fazer isso, a obedecer a Seus mandamentos.

Andrew Brunson

“Descobri que existe uma intimidade que só vem com testes, uma intimidade que só vem com dificuldades e sofrimento”, expressou Andrew. “Saí daquela terrível provação com uma intimidade mais profunda, uma intimidade mais forte, um tipo diferente de intimidade do que eu tinha antes… Eu chamaria isso de intimidade confiante. Há um nível de confiança que vem porque provei meu amor, porque fui fiel nas dificuldades. Não é uma confiança arrogante de que sou inquebrável, porque estou muito ciente de que posso quebrar novamente. Deus confiou em mim uma tarefa difícil e agora sei que Ele pode confiar em mim em um nível diferente.”

À noite, o Pastor Stephen Mirpuri, das Filipinas, liderou um Culto de Cura, onde a poderosa unção de Deus estava presente para milagres e aqueles que precisavam de um toque especial do Senhor.

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