Por Nativia Samuelsen

Enquanto os israelenses dormiam na manhã de domingo, um míssil iraniano com uma ogiva de meia tonelada atravessou repentinamente um bairro residencial na cidade costeira de Bat Yam. Em um piscar de olhos, vidas foram destruídas, casas foram destruídas e cacos de vidro choveram em todas as direções. Essa comunidade, tipicamente tranquila, transformou-se instantaneamente em uma cena horrível de fumaça espessa, gritos assustados, montes de entulho, carros virados e sirenes estridentes. Esse foi o ponto zero do ataque de míssil mais mortal já realizado na tentativa desesperada do Irã de atrair o sangue israelense desde o início da “Operação Leão em Ascensão” na noite da última quinta-feira.

“Não sobrou nada. Nenhuma casa. É isso”, gritou Yivgenya Dudka, olhando incrédula para os restos que sobraram de seu apartamento, segundo a AFP.

O míssil aterrissou às 2h45 da manhã, pegando muitos desprevenidos no meio da noite. O foguete atingiu diretamente o sexto andar de um prédio de apartamentos alto, causando o desabamento de toda a lateral do edifício. A onda de concussão da explosão danificou edifícios e carros por vários quarteirões ao redor. Sete pessoas morreram, incluindo uma menina de 8 anos e um menino de 10 anos, que tiveram suas vidas ceifadas justamente no local em que deveriam estar mais seguros. Outras dezenas ficaram feridas, algumas em estado grave. Muitas outras foram salvas por meros segundos, quando chegaram a tempo às escadas ou aos abrigos antibombas.

Correndo imediatamente para o local, as equipes de emergência rastejaram entre o metal retorcido, as lajes de concreto quebradas e os móveis carbonizados para ajudar qualquer pessoa que pudessem encontrar. Enquanto as equipes de resgate vasculhavam os destroços, ouviam sons de respiração ou choro sob as pesadas camadas de escombros. O ar escuro da noite ainda estava entupido de poeira e fumaça. Os sobreviventes estavam sentados em estado de choque nas calçadas, enrolados em cobertores. Alguns falavam com os socorristas, outros seguravam telefones ou as mãos de vizinhos, todos ansiosos por notícias sobre entes queridos desaparecidos.

Quando a equipe da ICEJ Aid percorreu o bairro de Bat Yam na segunda-feira, a destruição foi inacreditável! Cerca de 75 prédios de apartamentos ao redor sofreram sérios danos, sendo que 22 deles já estão marcados para demolição. Tsvika Brot, o prefeito de Bat Yam, acompanhou nossa equipe, tentando incentivar todos com planos rápidos para demolir os prédios inseguros em dois meses e reconstruir e melhorar completamente a área em dois ou três anos.

No entanto, a maioria das famílias locais ainda está em choque demais para pensar em vários anos no futuro. Centenas de pessoas ficaram desabrigadas e foram evacuadas para hotéis próximos. Entre eles, há muitos idosos que precisam de medicamentos ainda enterrados nos restos destruídos de suas casas. Aproximadamente 200 crianças de cinco escolas locais também estão entre os afetados, enfrentando incertezas sobre a escola no próximo outono. Bat Yam também é o lar de muitas famílias de imigrantes judeus russos com pouca rede de segurança social.

Ao inspecionar os danos dois dias depois, Nicole Yoder, vice-presidente de Ajuda e Aliyah da ICEJ, ficou chocada com os destroços causados pela explosão.

“Esse nível de devastação é algo novo para vermos em Israel”, observou ela. “Estamos desolados com as vidas perdidas e profundamente preocupados com os milhares de desabrigados aqui e em outros lugares de Israel, muitos dos quais não têm rede de segurança.”

As autoridades israelenses afirmam que, até o momento, pelo menos 24 civis foram mortos pelos mais de 370 mísseis iranianos lançados contra o coração da costa do país nos últimos quatro dias. Cerca de 30 mísseis passaram pelo alardeado sistema de defesa aérea de várias camadas de Israel, causando cenas semelhantes de destruição em seus pontos de impacto em todo o país. Cerca de 600 pessoas ficaram feridas nessas explosões, sendo que 10 ainda estão em estado grave. Ao todo, estima-se que 2.700 israelenses estejam desabrigados, a maioria tendo fugido apenas com a roupa do corpo.

Portanto, essas famílias têm muitas necessidades urgentes: roupas, alimentos, remédios, fraldas e suprimentos de higiene. Depois que essas necessidades básicas forem atendidas, o foco nos próximos dias e semanas passará a ser a recuperação de longo prazo.

De volta à cidade mais atingida de Bat Yam, o prefeito Brot listou seu conjunto inicial de prioridades, explicando que, depois que as pessoas recebem alimentos, moradia temporária e outras necessidades básicas, o foco deve se voltar para as crianças.

“Os acampamentos terapêuticos de verão para crianças traumatizadas são essenciais imediatamente, para ajudar as crianças afetadas a lidar com o trauma o mais rápido possível. Posteriormente, apoio educacional e de resiliência para aqueles que retornarem à escola no outono e reconstruir essas casas o mais rápido possível.”

Enquanto os israelenses se amontoam em abrigos antiaéreos e aguardam o fim das barragens noturnas de mísseis iranianos, eles se perguntam mais uma vez quem são seus verdadeiros amigos no mundo. A resposta tem de ser cristãos como nós! Não devemos desviar o olhar, mas intervir e ajudar esses israelenses feridos que perderam tudo em uma batalha do bem contra o mal.

Muitas famílias israelenses estão sofrendo com a perda de seus lares e entes queridos, mas continuam determinadas a seguir em frente rumo a um futuro melhor. A ICEJ está presente no marco zero em Bat Yam e em todo o Israel, em seu nome. Ajude-nos a atender às necessidades urgentes daqueles que ficaram desabrigados pelos mísseis de um inimigo fanático. Sua doação para o nosso fundo “Israel in Crise” pode nos ajudar a fornecer vales para que as famílias evacuadas comprem alimentos, roupas e outros itens essenciais, além de oferecer às crianças acampamentos terapêuticos de verão e outros cuidados urgentes contra traumas. Portanto, faça sua doação hoje mesmo!

Faça sua doação em: help.icej.org/pt/crisis

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